O descontentamento com a qualidade dos serviços prestados pela Sanesul à população de Aquidauana continua gerando reclamações dos moradores de bairros e, também, servirá de parâmetro para debates na Câmara Municipal de Aquidauana nas próximas sessões ordinárias.
Os vereadores, inclusive, já analisam a proposta de revisão do contrato de concessão do serviço de água e esgoto à estatal, caso seja confirmada as denúncias de que a empresa não está cumprindo as cláusulas contratuais com o município.
O vereador Wezer Lucarelli (PDT), por exemplo, foi o primeiro a se posicionar contrário a aprovação da renovação de contrato, ainda na legislatura passada, apontando vários motivos – entre eles, a necessidade da criação de uma agência reguladora para fiscalizar e punir a empresa por desobediência ao contrato de prestação de serviço, porém, a medida foi rejeitada pela administração passada.
O vereador Ademir Brites (PT) também se mostrou aborrecido com o trabalho da Sanesul no município e disse que participou de várias reuniões, bem como de audiência pública no plenário do legislativo com diretores da empresa e outros segmentos representativos da comunidade.
Segundo ele, a população não reconheceu a importância da audiência, porém, ele alerta que a concessão poderá ser revista com a possibilidade de anulação do contrato.
“O plenário é soberano para anular o contrato”, avaliou Brites, que propôs a realização de uma nova audiência pública a fim de que a Sanesul possa executar com eficiência os serviços no município.
O vereador Nilson Pontim (PSDC), da bancada governista, concordou com os seus antecessores e considerou o serviço prestado pela empresa um desrespeito à população – por isso, entende que é necessário rever esse contrato.
Por último, o vereador Thales Leite (PSDB) manifestou sobre a falta de água verificada nos dias atuais no Conjunto Arara Azul, localizado próximo à Exposição. De acordo com ele, o abastecimento de água naquela localidade está bastante comprometido a ponto de o líquido precioso chegar nas torneiras das casas uma vez por dia e á noite.
“É um absurdo, em pleno ano de 2013, a empresa não se adaptar a nova realidade”, criticou o vereador que reconhece, também, a necessidade de rever o convênio. Segundo ele, esses moradores, de baixa renda, deveriam ter acesso à gratuidade do serviço de abastecimento d’água nos bairros.
Conforme explanou, esses moradores pagam o mesmo valor da taxa de água e esgoto, assim “como todos nós…”. Para o vereador, a população não pode ficar ‘refém” da empresa – por isso, ele defende uma cobrança ferrenha por parte dos demais pares da Casa.