Comissão vai a MG em busca de técnicas  para minimizar poluição provocada por siderúrgica

03/07/2021 - Por: ASCOM - Visitas: 11727

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Uma comissão de vereadores - composta por Anderson Meireles (MDB), Chico Tavares (PT), Everton Romero (Democratas), Humberto Torres (PSDB), sargento Cruz (MDB) e Valter Neves (PSD) – irá nos próximos dias à cidade de Betim, município localizado na Região Metropolitana de Belo Horizonte-MG.

Por ser considerado o município mais avançado em projeto para instalação de empresas e centros logísticos do Brasil, o objetivo  dessa comissão, que visitará aquela cidade, consiste na busca  de auxílio técnico  e jurídico junto ao MP (Ministério Público ), prefeitura e vereadores daquela localidade com a finalidade  de ajudar a reduzir ao máximo  os efeitos causados  pela  fuligem e a fumaça  que se espalham em toda área residencial no entorno da Siderúrgica Simasul Ltda, instalada nesta cidade.

Essa comissão foi escolhida na sexta-feira (02.07) durante reunião realizada no plenário da Casa de Leis onde participaram os vereadores; o prefeito Odilon Ribeiro (PSDB); o diretor presidente da Reflore (Associação Sul-Mato-Grossense  de Produtores e Consumidores de Florestas Plantadas), Moacir Reis, e o presidente do Sindcarv (Sindicato dos Produtores de Carvão de Mato Grosso do Sul), Sérgio Poline.

O presidente do Poder Legislativo, vereador Wezer Lucarelli (PSDB), que liderou aquela reunião, informou que, paralelamente a essa agenda de trabalho, que será cumprida por essa comissão em Betim, outros vereadores, acompanhados do diretor presidente da Reflore, deverão se reunir com o MP (Ministério Público) estadual, Imasul (Instituto do Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul) e os deputados estaduais e federais do MS.

O objetivo   também é buscar apoio e uma  avalição técnica, que possibilitarão a adoção de medidas mitigadoras por parte da empresa siderúrgica, que deve operar  em acordo com as normas ambientais prevista em lei  a fim de preservar  a saúde da população, o social e a  economia por meio da geração de emprego , renda e divisas para o município.

Entenda o caso

Há muito tempo, moradores das vilas Pinheiro, Chapecoense e Cidade Nova, que possuem residências e comércio ao redor dessa siderúrgica, vêm sendo duramente castigados por uma nuvem de fumaça, fuligem e poeira, que  se devem aos efeitos negativos da produção de ferro-gusa e do grave problema na região,  ou seja, falta de destinação adequada para a escória da produção siderúrgica, uma vez que são despejados em grande volume a céu aberto, conforme fotos e vídeos postados em redes sociais.

É visível os problemas enfrentados no dia-a-dia por essas comunidades que circundam a indústria – fato que motivou, inclusive,  muitos moradores a ajuizarem diversas ações contra siderúrgica  por viverem num ambiente  suscetível a doenças respiratórias, além de outros  problemas gerados pelo pó preto, que polui, por exemplo,  a água, roupas e  alimentos. 

Por conta de tudo isso, a Câmara Municipal incoporou à luta dos moradores e pretende conduzir esse processo, em conjunto com outras autoridades ligadas ao meio ambiente, na busca de alternativas que possar diminuir os impactos negativos causados  pela poluição do ar.

Histórico

A siderúrgica encontra-se instalada na área urbana do município desde o dia 03 de novembro de 2004, cujas atividades operacionais tiveram início no dia 05 de setembro de 2005.

Ela atua no segmento de fundição e siderurgia, tendo como principal atividade, a produção de ferro-gusa. De acordo com informações apuradas,a indústria produz em média, 8,5 mil toneladas por mês do produto.