Com a Mesa de autoridades presidida pela vereadora Luzia Cunha (PT) e formada por várias mulheres representando segmentos da comunidade aquidauanense, a Câmara Municipal realizou na noite dessa sexta-feira (22), no plenário “Estevão Alves Corrêa”, sessão solene em homenagem ao mês da Mulher.
Antes do início da sessão solene houve uma apresentação teatral com o grupo da Associação de Mulheres Independentes na Ativa de Anastácio (Amina) com a peça: Rapunzel na era do Facebook ( tema referente ao combate à violência contra a mulher) e, em seguida, a cantora baiana Vanessa Jasques cantou em homenagens as mulheres acompanhada do grupo SPCIA.
Na abertura, a professora universitária Francis Marizete, que compôs a Mesa, em nome das homenageadas, disse que as mulheres têm muito ainda a conquistar e lembrou das estatísticas que revelam o sofrimento delas com a violência física, moral e social.
Para ela, as educadoras exercem papel importante no processo de construção de um futuro melhor e, também, na formação de cidadãos e cidadãs conscientes, verdadeiros e mais autênticos.
O vereador Paulo Reis (PMDB), representando os vereadores Meireles, Brites, Mauro, Dufles e Montana, que prestigiaram a sessão, saudou a presidente da Casa, vereadora Luzia, por ser a primeira mulher eleita, e espera que ela possa conduzir as mudanças.
O parlamentar, na sua reflexão, lembrou das mulheres que vivem nos bairros, e que sentem a necessidade de uma palavra de carinho nos momentos de vulnerabilidade. Por isso, ele reconheceu a grandeza do evento, que deve trazer a sociedade para o âmbito do legislativo a fim de diminuir as diferenças sociais. “ Não se deixem (mulheres) escravizarem “ concluiu.
A deputada Mara Caseiro (PT do B), que também esteve presente à sessão e fez parte da Mesa, disse que desenvolve trabalho em defesa da mulher na Assembleia Legislativa do Estado, porém, ela acredita que temas relacionados à violência contra mulher e o preconceito ainda precisam avançar muito nos dias atuais.
Ela, inclusive, contou que sofreu esse mesmo preconceito à época em que ocupou os cargos de vereadora e prefeita de Eldorado a ponto de ser discriminada. Na AL, a deputada tem defendido a cota de 30% de vagas para as mulheres nos parlamentos, bem como cobrado do governador André Puccinelli (PMDB) o projeto de instalação de abrigos par as mulheres que ficam em “situação desumana em casas de parentes”. “Os direitos são iguais e precisamos trabalhar juntos”, resumiu.
A vereadora Luzia ao reportar sobre os avanços conquistados pelas mulheres avaliou como pivô das discussões a vigência da Lei Maria da Penha, que trouxe segurança e tranquilidade, porém, admitiu que a violência psicológica é a pior.
“Quando os filhos não têm acesso às creches e a merenda escolar; ao posto de saúde e os serviços públicos são negados se constituem como violência”, exemplificou.
Em relação à cota de 30% destinada às mulheres, disse que a luta é diária e que pretende fortalecer essa proposta para garantir espaço delas no cenário político.
“ A presidenta [Dilma Rouseff] nos inspira em relação ao combate à miséria que assola o país, completou a vereadora ao conclamar homens e mulheres para, juntos, trabalharem em harmonia.
“ O direito à vida terá que ter a nossa assinatura” finalizou a parlamentar ao anunciar que na próxima sessão (o ano que vem) haverá novidades em relação ao evento.
Além da vereadora Luzia , professora Francis Marizete e a deputada estadual Mara Caseiro, comporam a Mesa, a investigadora da Delegacia de Atendimento à Mulher, Monique Lourenzano Rivero (representando a delegada Marilda do Carmo Rodrigues); Rosângela Gonçalves Vilalba (Saúde); a soldado PM Jacqueline Brites Canhete; Marciana Gonçalves Santos ( agente de limpeza); Ermelinda Girotto Machado (pipoqueira); Professora Arlene (indígena); Ivete Garcia de Arruda (mototaxistas); Lindalva da Rocha (moradora do Assentamento Indaiá I); coordenadora da Mulher, Marina Rodrigues (representando o prefeito José Henrique); conselheira da Mulher, Selma Camargo; e a vice-presidente da Amina, Viasul Bernardes.