Uma cozinheira [não foi revelado o nome], funcionária do Hospital da Cidade, com 23 anos de serviço, foi exonerada por ser eleitora do ex-prefeito Fauzi Suleiman (PMDB).
A afirmação é do vereador Paulo Reis (PMDB), que utilizou a tribuna da Casa, na última terça-feira (05), para denunciar a demissão de 22 funcionários do hospital, pela Prefeitura, entre os quais inclui-se a cozinheira, que nunca deixou o emprego.
Classificando como uma demissão “inconsequente”, o parlamentou esclarece, no entanto, que a exoneração da ex-funcionária custará aos cofres públicos mais de R$ 100 mil – o que equivale a indenização pelos anos trabalhados na instituição hospitalar.
Contudo, explica Paulo Reis, ela, sindicalizada, deverá ser aposentada por força de um acordo coletivo de trabalho entre o Sindsaúde (Sindicato dos Funcionários da Saúde de MS) e o Hospital regional.
“Estão jogando dinheiro pela janela”, ironizou o vereador ao relatar que, na época do ex-prefeito Fauzi, nunca houve demissão em massa por reconhecer que o município não reunia condições financeiras para cobrir as rescisões trabalhistas.
Em quatro anos do governo Fauzi, acrescenta, nunca houve uma ação trabalhista, diferente do que ocorreu na gestão de Felipe Orro, cujos recursos foram bloqueados um ano e meio para pagar indenizações trabalhistas com a Unimed e Cassems.
Paulo Reis alertou que não houve observância à lei municipal, que prevê o preenchimento de 30% dos cargos em comissão com funcionários concursados, que, inclusive foram exonerados pela atual administração, que adotou o critério político – embora não seja contrário a qualquer nomeação nas três esferas da administração.
“Tudo tem que ter lógica e seqüência”, finalizou o vereador, que depois discursou sobre a “carteira de investimentos” no município.