Aprovada a criação do Dia do índio como patrimônio Cultural e Imaterial

12 de março de 2014

 Projeto de lei de nº 001/2014, de autoria da presidente da Câmara Municipal, vereadora Luzia Cunha (PT), que cria o “Dia do Índio” como patrimônio Cultural e Imaterial, bem como a sua inclusão no calendário de eventos oficiais do município,  foi  aprovado por unanimidade em 1º turno de discussão e votação na sessão ordinária da última terça-feira (11).

 De acordo com  a vereadora, o projeto tem como objetivo homenagear quem contribuiu ou contribui para a grandeza da história do município. Ela acrescenta, que Aquidauana é o segundo município do Estado em população indígena, por isso, não se pode deixar essa cultura morrer, visto que, sem as crenças, tradições e costumes  os indígenas desaparecerão.

Para ela, não se pode continuar reproduzindo a ideia de que os índios são personagens folclóricas, que não evoluíram e que vivem à margem da sociedade.

 “O Povo Terena participou e participa ativamente do dia-a-dia da nossa história, a exemplo dos  filhos deles, que foram nossos soldados na linha de frente da Guerra do Paraguai e integraram o grupo de trabalhadores da estrada de ferro”, comenta.

Segundo a vereadora, eles ainda trabalham como peões nas inúmeras fazendas da região e as mulheres como empregadas domésticas, cozinheiras, babás e até amas de leite porque as mães não podiam amamentar.

“Hoje muitos produtos que consumimos em nossa mesa são frutos da produção indígena, que ainda fomenta o comercio local”, conta, ao lembrar que a festa do dia 19 de abril é uma oportunidade para a divulgação da cultura e das tradições dos povos indígenas.

Em Aquidauana, tradicionalmente, explica a parlamentar, as comunidades se reúnem em celebrações e relembram a tradição indígena. Além disso, as famílias, as escolas se organizam em caravanas para  participar dessa festa.

“Por essa razão e em reconhecimento ao valor dessa nação de bravos aquidauanenses, da etnia terena, que proponho a instituição do ‘Dia do Índio”, como patrimônio cultural e imaterial do município”, finaliza.

 O autógrafo de lei segue para o Executivo a fim de ser analisado pelo prefeito José Henrique Trindade, que poderá ou não  sancioná-lo por  meio de lei municipal vigente.