Comissão Processante investigará irregularidades na distribuição de coletes

20 de setembro de 2013

A presidente da Câmara Municipal, vereadora Luzia Cunha (PT),  entregou, na manhã dessa quarta-feira (18),  ao vereador Anderson Meireles (PT do B),  presidente da Comissão Processante, instaurada para apurar denúncias de irregularidades cometidas pela Prefeitura na aquisição e distribuição de coletes aos  mototaxistas de Aquidauana, o restante da  documentação encaminhada pelo comerciante Édson Silva à Casa de Leis, no dia 20 de agosto de 2013.

Conforme informou o presidente, nessa sexta-feira (20,) a comissão, formada ainda pelos vereadores Moacir Pereira (relator) e Dufles Pinto de Souza (membro), se reúne para  definir as  etapas de trabalho, que deverão nortear todo o processo  de apuração das denúncias até a sua conclusão.

Ainda de acordo com Meireles, todos os envolvidos nesse processo serão convocados e  ouvidos pelos membros, respeitando o amplo direito de defesa e ao contraditório. A meta, segundo ele, é conduzir as investigações com o máximo de equilíbrio, serenidade e independência  em consonância com os parâmetros das leis vigentes.

A maioria dos vereadores, na Sessão Ordinária do dia 17 de agosto de 2013, aprovou a abertura dessa comissão, cujos membros foram escolhidos por meio de sorteio entre os 13 parlamentares e em   conformidade com o artigo 5º do  Decreto Lei nº 201/67 e, também, com base na orientação da  Corregedoria do MPE (Ministério Público Estadual).

O Caso:

O comerciante, na documentação encaminhada ao legislativo, declarou  que a solicitação para a confecção de 120 coletes foi   feita pelo  então gerente  municipal de Finanças, Luiz Eduardo Arruda, e também pelo diretor municipal de Trânsito, Heitor Silva Aguiar.

Porém,  pelo fato de o valor ultrapassar a cifra de R$ 8 mil seria necessário  a abertura de um processo licitatório, o que não correu, configurando-se o ato ilegal.  O comerciante, contudo,  afirma que recebeu R$ 7,920 mil [teto sem necessidade de licitação] de um total de R$ 21,6 mil, ou seja,  o restante – R$ 13, 68 mil não  foi pago, fato que lhe trouxe prejuízos financeiros e econômicos.

As denúncias, portanto,  se transformaram em   objeto de investigação por parte dessa  comissão, cujo processo também foi instaurado  pela Promotoria Pública e a Polícia Civil para apuração das mesmas denúncias apontadas pelo comerciante à Câmara.

Naquela oportunidade votaram favoráveis à abertura da Comissão Processante, os vereadores ,Ademir Brites( in memorian), Anderson Meireles, Dufles, Mauro, Paulo Reis e  Valter Neves.  Contrários:  Clezio, Montana, Moacir, Nilson e Wezer. O vereador Thales Leite  não havia votado por se encontrar ausente do plenário.

Após a conclusão dos trabalhos, a Comissão Processante deverá encaminhar um relatório das denúncias apuradas,   ao plenário, inclusive com declarações das partes envolvidas,  a fim de se discutir e votar pedido de eventual cassação do prefeito José Henrique Trindade ou arquivamento do processo.